A formação profissional do psicólogo exige, cada vez mais, que os estudantes tenham conhecimentos mais abrangentes. Além do saber técnico e teórico, ele precisa estar apto ao gerenciamento e resolução de problemas, por exemplo. Para isso, se faz necessário observar os modos de ensino das graduações para buscar melhoras contínuas na formação em psicologia.
Assim, as autoras Mônica Ramos Daltro e Milena Pereira Ponde, ambas da Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública, produziram o estudo “Aprendizagem Baseada em Problemas: uma estratégia para formação do psicólogo como profissional de saúde”, publicado na Revista Psicologia, Diversidade e Saúde, v. 6, n. 2, de 2017, periódico associado da ABEC.
O artigo, que faz parte de uma tese de doutoramento, descreve a percepção de estudantes de psicologia sobre a experiência de ensino através do método da Aprendizagem Baseada em Problemas (PBL). Nela, os alunos estudam individualmente em casa, anotam as dúvidas e as levam para discussão em sala de aula. Assim, a participação de cada um se torna essencial, incentivando o trabalho em grupo e a comunicação.
Para isso, foi realizado um estudo descritivo exploratório de abordagem qualitativa, com a análise de 51 questionários de estudantes matriculados do 8º ao 10º semestre de um curso de psicologia na Bahia. Foram, então, identificadas três categorias de respostas: Positiva, com Desenvolvimento de Competência; Cansativa, com Desenvolvimento de Competências; e Negativa, sem Desenvolvimento de Competências.
As autoras concluem que os alunos afirmaram que houve o desenvolvimento de atitudes interdisciplinares, de comunicação, pesquisa, autonomia e amadurecimento pessoal. O estudo discute também a importância do deslocamento do professor para uma posição de pesquisador como importante elemento para o desenvolvimento integrado de competências atitudinais, conceituais e técnicas.
O artigo completo pode ser lido em https://goo.gl/1ccTcV ou pelo DOI: 10.17267/2317-3394rpds.v6i2.1391.
Tadeu Nunes (4toques comunicação)
